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Procurador venezuelano acusa EUA de “campanha feroz e brutal” contra Maduro

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse que os Estados Unidos promovem uma “campanha brutal, criminosa e feroz sem precedentes no hemisfério ocidental” contra o ditador Nicolás Maduro.

A declaração surge em meio à mobilização americana de três navios de guerra para a costa da Venezuela e a oferta de US$ 50 milhões em recompensa por informações que levem à prisão de Maduro.

Em pronunciamento oficial divulgado nesta quarta-feira (20), Saab afirmou que o país poderia ter sofrido “um golpe de Estado contra um governo legitimamente constituído” e citou exemplos históricos, como a queda de Salvador Allende, no Chile, em 1973.

O procurador disse que os Estados Unidos têm tentado “utilizar a farsa nefasta totalmente hipócrita da luta contra o narcotráfico, para a partir daí, nada mais, nada menos, colocar uma recompensa que também não tem precedentes no mundo”, em referência ao valor milionário oferecido por informações que levem à captura de Maduro.

“O Velho Oeste é uma caricatura comparado com o que os Estados Unidos da América estão fazendo no século XXI”, acrescentou.

Ele ainda alegou que a Venezuela é um dos países “que mais combateu com sucesso o narcotráfico”.

“Portanto, [os EUA querem] usar a desculpa da luta contra o narcotráfico para, a partir daí, e essa é a verdadeira trama, fazer o quê? Ameaçar invadir a Venezuela, matar inocentes, autorizando o Pentágono a utilizar a força militar contra a Venezuela, a Colômbia, o México”, disse Saab.

No início do mês, o New York Times reportou que o presidente americano Donald Trump ordenou que o Pentágono use força militar contra cartéis de drogas latino-americanos que o governo dos EUA considera grupos terroristas.

Ao concluir o pronunciamento, o procurador-geral disse: “A Venezuela será exemplo hoje, amanhã e sempre de que não nos vão dividir. E este exemplo que estamos dando hoje – todas as forças institucionais do país, as forças policiais, civis, militares, em defesa do cidadão presidente da República, como Chefe de Estado – é inequívoco. A mensagem é muito clara. Venezuela venceu e vencerá.”

“Que os impérios saibam, a Venezuela tem o que é preciso”, diz Maduro

O ditador venezuelano Nicolás Maduro reafirmou sua posição desafiadora em relação à mobilização militar dos EUA no Caribe, afirmando que seu país tem capacidade defensiva para evitar um confronto.

“Que o mundo saiba, que os impérios saibam: a Venezuela hoje, mais do que nunca, tem o que é preciso. É por isso que estamos em paz e continuaremos em paz”, disse Maduro durante uma cerimônia televisionada, na terça-feira (19).

“Carregamos a força de Davi contra Golias”, acrescentou Maduro antes de relatar mais detalhes da história bíblica.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou na terça-feira que os EUA estão preparados para “usar todos os recursos à sua disposição” para conter o “fluxo de drogas para o país e levar os responsáveis à justiça”, após ser questionada sobre o envio de três navios de guerra com 4 mil militares para águas caribenhas.

Maduro afirmou na segunda-feira, referindo-se aos movimentos navais, que “nenhum império tocará o solo sagrado da Venezuela” e mobilizou 4,5 milhões de milicianos por todo o país.

“Em qualquer circunstância, nervos de aço, calma e prudência, e máxima ação popular, militar e policial, o time vence. Nós sempre vencemos”, disse o venezuelano, em um evento onde dobrou o número de “quadrantes da paz” em Caracas, unidades territoriais que recebem atenção policial direcionada.

Ele também explicou que as milícias ativadas colaborarão nos esforços de vigilância.

O presidente também enfatizou que o mar venezuelano “sempre será nosso Mar do Caribe livre e soberano”.

O governo Maduro, rotulado pelos EUA como “um dos maiores traficantes de drogas do mundo”, rejeitou enfaticamente as acusações de tráfico de drogas, chamando-as de invenções.

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela disse em um comunicado na terça-feira que o governo do presidente Donald Trump “recorre a ameaças e difamações” e afirmou que isso “coloca em risco a paz e a estabilidade de toda a região”.



Fonte: Noticias do Mundo – CNN

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