O projeto tem orçamento total de R$ 90 milhões | Foto: LUIZ FERNANDO ALMEIDA FONTENELE /AGÊNCIA PETROBRAS
A Petrobras vai iniciar a construção de sua primeira planta-piloto para a geração de hidrogênio renovável no município de Alto do Rodrigues, localizado no Vale do Açu, Rio Grande do Norte. O projeto será implantado na Usina Termelétrica Vale do Açu e contará com um investimento de R$ 90 milhões. Desenvolvido em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (Senai ISI-ER), as obras serão executadas pela WEG, uma das principais empresas brasileiras no setor de eletrificação. A previsão é que a planta entre em operação no primeiro trimestre de 2026.
O hidrogênio renovável será gerado por meio do processo de eletrólise da água, utilizando energia solar. Este processo envolve a quebra das moléculas de água através de uma corrente elétrica, resultando na separação do hidrogênio e do oxigênio, promovendo uma alternativa sustentável para a geração de energia.
De acordo com Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, o projeto-piloto é um passo crucial dentro da estratégia da empresa para fomentar a descarbonização e abrir caminho para futuros empreendimentos comerciais na área de hidrogênio sustentável. “Essa iniciativa não só reduz as emissões de gases de efeito estufa, mas também aproveita recursos naturais abundantes e sustentáveis no Brasil, como a energia solar”, destacou Tolmasquim.
A Usina Fotovoltaica de Alto do Rodrigues, construída inicialmente para pesquisa e desenvolvimento, terá sua capacidade aumentada de 1,1 MWp para 2,5 MWp, o que será suficiente para atender à demanda elétrica da unidade de eletrólise de 2 MW que será instalada. A nova usina será testada em diferentes modos de operação, beneficiando-se da conexão com a malha de distribuição de energia elétrica e do sistema de armazenamento de energia já existente no local.
O hidrogênio produzido terá múltiplas finalidades, incluindo a geração de energia e a realização de estudos sobre sua aplicação em conjunto com o gás natural. Essa mistura será utilizada para alimentar microturbinas, cujo desempenho e integridade estrutural serão avaliados ao longo do projeto.
Este projeto faz parte do plano da Petrobras de se posicionar como um agente relevante na transição energética global, investindo em tecnologias que promovam a sustentabilidade e a redução da pegada de carbono.