A Marcha da Maconha 2025 chega a mais uma edição com o lema “A luta não acabou! Pelo fim da guerra às drogas e da necropolítica no Brasil”, reforçando a centralidade do debate sobre descriminalização, direitos humanos e políticas públicas que coloquem a vida das populações mais vulnerabilizadas no centro. O evento começa nesta quinta-feira (27) às 16h20, no Beco da Lama.
A Marcha reúne ativistas, coletivos culturais e a sociedade civil para defender um novo modelo de política de drogas, destacando os impactos da criminalização na juventude periférica, na população negra e no encarceramento em massa.
Para a ativista Gabi Lemos, que participa da Marcha há anos, eventos como este são fundamentais para romper o silêncio e evidenciar desigualdades que o Estado insiste em ignorar.
“A Marcha não é só sobre maconha. É sobre vida, liberdade e sobrevivência. Quando ocupamos as ruas, estamos denunciando um projeto político que escolhe quem pode existir e quem deve ser descartado”, explica ela.
“A guerra às drogas sempre foi sobre controle, racismo. Nós precisamos de debate junto e mostra que existe outro caminho possível”, finaliza.
O levantamento mais recente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) mostra que os processos por posse de drogas para consumo pessoal cresceram 34,8% entre 2022 e 2023, passando de 836 para 1.127 novos casos. Apenas nos primeiros meses de 2024, o estado já havia registrado 818 novas ações relacionadas ao mesmo tipo penal, indicando continuidade no aumento das judicializações.
Programação
A programação começa às 16h20, com a abertura oficial das atividades no Beco da Lama. Confira:
A organização reforça que a Marcha é construída de forma independente e colaborativa. Quem quiser contribuir pode apoiar via Pix: [email protected]
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Fonte: saibamais.jor.br



