28.4 C
São Gonçalo do Amarante
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
InícioAtualizaçõesDesktop Is celebra força da cena eletrônica potiguar em “Mulher Mar Herdeira...

Desktop Is celebra força da cena eletrônica potiguar em “Mulher Mar Herdeira Do Sol ”

O produtor e DJ potiguar Desktop Is lança, nesta sexta-feira (28), seu segundo álbum de estúdio, “Mulher Mar Herdeira do Sol”, um trabalho que mergulha nas sonoridades eletrônicas contemporâneas enquanto presta homenagem à cidade que moldou sua sensibilidade artística, Natal. O disco, já disponível para pré-save, reafirma a vocação criativa da capital potiguar e a consolidação do artista como uma das vozes mais inventivas da cena eletrônica local.

Capa do álbum “Mulher Mar Herdeira Do Sol ”

Membro do coletivo Bala Prod e com lançamentos desde 2019, Desktop Is construiu uma identidade sonora que combina referências diversas: da música eletrônica experimental ao IDM, Acid House e Techno. sempre filtradas pelo olhar particular de quem cresceu entre o calor das pistas natalenses, o Rock Progressivo dos anos 1970 e a sensibilidade pop dos anos 2000.

Da adolescência à produção

A relação de Desktop Is com a música começou cedo. “Eu sempre gostei de ouvir música e sempre quis fazer música, ter uma banda e tals”, relembra em entrevista à Agência Saiba Mais, Entre os 15 e 16 anos, a descoberta de nomes como SOPHIE, Björk, Grimes, entre outres, abriu caminho para o universo da eletrônica experimental. Foi também nessa época que ele decidiu mergulhar na produção musical e adotar o nome artístico pelo qual hoje é reconhecido.

Seu início como Desktop Is foi marcado por atmosferas oitentistas, retrowave, synth pop, ambient, vaporwave,até que outras camadas sonoras começassem a surgir. “Sou muito influenciado por Björk, Aphex Twin, Brian Eno, Kraftwerk, Yes e Can. Desde pequeno eu gostava de rock progressivo e acho que até hoje isso influencia minha música”, conta. Ele cita ainda Norpon como uma das grandes referências atuais.

“Mulher Mar Herdeira do Sol” nasce de uma constatação afetiva e política: Natal é potência, apesar das dificuldades estruturais e do sucateamento dos espaços culturais. “Nós continuamos criando arte nessa cidade, continuamos indo a festas e sentindo o calor da pista. Esse álbum é sobre a potência da noite e da criação de arte de todas as formas em Natal, sobre como essa cidade continua viva e pulsante.”

As vivências com a música da cidade aparecem como cicatriz e combustível. Ele lembra da influência dos tradicionais Flashbacks da Banda Grafith, ricos em clássicos da Disco e da Eletrônica. “Desde novo, meu ouvido tava ‘treinado’ pra esse som”, explica.
Faça o pré-save do álbum aqui.

Dentre as músicas do álbum, uma se destaca para o artista: “Eh House”. Para ele, a faixa sintetiza tanto a estética quanto a mensagem do projeto, conectando o experimental, a dança e a pulsação noturna da cidade.

O nascimento da “Mulher Mar” e da “Herdeira do Sol”

O título do álbum também tem origem profundamente afetiva. “Esse nome surgiu numa manhã de ano novo quando eu estava voltando da Redinha pra casa com uma pessoa muito querida. Ela pensou nesse nome e escreveu um poema para essa ‘Mulher Mar’”, conta. Já “Herdeira do Sol” apareceu de forma espontânea: “Surgiu numa noite de insônia. Achei que fazia sentido”.

O encontro entre esses dois elementos cria uma imagem dupla, simbólica e luminosa, uma figura mítica que representa não apenas Natal, mas a relação do artista com o mar, o calor e a criação.

Com primeira apresentação oficial em 2022, Desktop Is lembra a emoção de tocar suas próprias faixas ao vivo e sentir a resposta imediata do público. Seus sets, reconhecidos por unir clássicos da música eletrônica com novidades que têm potencial para se tornarem ícones, fazem dele um nome em ascensão na produção potiguar.

O futuro, ele admite, é imprevisível, mas a arte continua sendo bússola. “Quero continuar criando com toda certeza, e que de alguma forma minha arte continue sendo essa ‘interface’ entre o Hardcore e o Gentil.”

Ouça Desktop Is:

“Mulher Mar Herdeira do Sol” chega para reafirmar essa trajetória, um álbum que é, ao mesmo tempo, declaração de amor à cidade, manifesto estético e celebração da música eletrônica feita no Nordeste, por quem vive a noite, o mar e o sol de Natal profundamente.

SAIBA+
Taj Ma House leva som eletrônico potiguar para festival na França



Fonte: saibamais.jor.br

Veja ainda
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Em alta