Os cajus de Vatenor de Oliveira, os traços modernos de Dorian Gray, a Redinha, Ribeira e o Potengi de Newton Navarro, as figuras subjetivas de Marcelus Bob. As artes plásticas traduzem uma visão de mundo dispersa na matéria do cotidiano, que só depois de passar pelas mãos de um artista, é capaz de traduzir um mundo de significados.
Para celebrar as artes plásticas, um grupo de amigos e artistas criou o Ateliê a Céu Aberto, que está em sua 14ª edição em 2026. A proposta é transformar o IFRN (Instituto Federal do Rio Grande do Norte) Campus Natal – Centro Histórico, no bairro das Rocas, em um laboratório criativo, no qual artistas produzem obras ao vivo e interagem com os visitantes, reunindo diversas linguagens das artes visuais, como pintura, escultura, arte digital e intervenções urbanas.
“O projeto começou como um levante popular. Os artistas se reuniram no dia 8 de maio, quando se comemora o dia do artista plástico, no campus do IFRN da Cidade Alta, para expor suas artes. Eles passaram o dia pintado, se confraternizando. Ao final, eles gostaram da ideia e marcaram novamente”, relata Fábio Duarte, professor do IFRN e organizador do evento.
O Ateliê, que será realizado no dia 23 de janeiro de 2026, é gratuito e aberto ao público. O evento conta com oficinas, atividades formativas e apresentações musicais. Este ano, os organizadores planejaram uma homenagem a Dona Militana com o tema “Romance centenário: as cores de Dona Militana”.
Os romances narrados por Dona Militana, herança da cultura medieval ibérica, narravam histórias de reis, princesas e guerreiros, misturados às modinhas, aboios e cocos do sertão potiguar. Dona Militana, que era filha do Mestre do Fandango Atanásio Salustino do Nascimento e de Maria Militana do Nascimento, nasceu no sítio Oiteiros, na comunidade de Santo Antônio dos Barreiros, em São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de Natal, em 19 de março de 1925. Na infância, Militana ajudava na plantação e tecia cestos com o pai, que cantava na lavoura. O talento da romanceira permaneceu praticamente desconhecido por décadas, até que ela foi descoberta pelo folclorista Deífilo Gurgel na década de 1990. Em 2000, Militana gravou “Cantares”, uma coleção de três discos e 54 canções romanceiras, com letras e melodias que refletiam com precisão a época em que se originaram. Em reconhecimento à sua relevância cultural, ela recebeu em 2005, das mãos do presidente Lula, a Comenda Máxima da Cultura Popular.

A programação ainda conta com o Prêmio Ruy Pereira de Artes Visuais que, em sua 12ª edição, reconhece e incentiva artistas participantes com as seguintes premiações:
· 1º lugar: R$ 3.000,00
· 2º lugar: R$ 2.300,00
· 3º lugar: R$ 1.600,00
· 4º lugar: R$ 1.200,00
· 5º lugar: R$ 800,00 ·
Prêmio Votação Popular: R$ 400,00
Para participar do Prêmio Ruy Pereira de Artes Visuais, os interessados devem se inscrever até 11 de janeiro. Também será entregue um prêmio de participação (R$ 200,00) destinado aos 40 artistas com maior histórico de presença em edições anteriores. A premiação conta, ainda, com a categoria Artista Jovem, voltada a crianças e adolescentes de até 16 anos, com caráter formativo e não competitivo.
O evento é uma realização do IFRN Campus Natal – Centro Histórico e Funcern (Fundação de apoio ao IFRN), com o patrocínio dos mandatos da deputada federal Natália Bonavides (PT), da deputada estadual Divaneide Basílio (PT) e do vereador de Natal Daniel Valença (PT).

Confira a programação:
07h30 – Credenciamento
08h – Início das produções artísticas e Oficina
12h – Almoço musical: Cida Lobo
13h – Oficina
17h – Finalização das produções artísticas
17h – Atração musical: Yrahn Barreto
18h – Atração musical: Jamilly Mendonça
18h30 – Cerimônia de premiação

Serviço
Ateliê a Céu Aberto
Quando: 23 de janeiro de 20206
Inscrições: de 27 de dezembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026
Local: IFRN – Campus Natal Centro Histórico (Rua das Donzelas, nº 135, Rocas)
Para conferir o edital, CLIQUE AQUI.
Para fazer inscrição, CLIQUE AQUI.
Instagram: @atelieaceuaberto

Fonte: saibamais.jor.br




