“Arte no País de Mossoró” é um novo média-metragem em processo de produção na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. O filme de ficção, dirigido pela cineasta Wigna Ribeiro, resgata a história dos artistas mossoroenses na década de 1990, período em que a cena cultural local enfrentava a ausência de espaços adequados para ensaios e apresentações.
As gravações terminaram na semana passada, depois de dias de filmagens que incluíram até o fechamento de ruas para captar imagens. A expectativa é estrear a obra em agosto de 2026.
A narrativa destaca a mobilização e a luta da classe artística, que culminaram, anos depois, na construção do Teatro Municipal Dix-Huit Rosado, um dos principais equipamentos culturais da cidade. O equipamento foi inaugurado em 5 de agosto de 2004 e segue até hoje.
Wigna Ribeiro é cineasta de Mossoró e entusiasta do audiovisual local. Já produziu outros filmes como “O Mundo de Ana”, “Era uma vez Lalo”, “Três Igrejas”, dentre outros. No final de novembro, foi homenageada durante o encerramento do Festival Cine Árido, ao lado da atriz Marcélia Cartaxo.
Ela diz que, como talento da terra, foi cobrada em muitos momentos para que saísse da cidade e fosse fazer carreira fora, mas sempre acreditou que seu lugar é em Mossoró. Atualmente, a diretora diz enxerga um crescimento do cinema potiguar e vê a “importância extrema de todos os realizadores estarem em seus territórios contando as suas próprias histórias e fazendo com que as pessoas saibam que de fato a gente existe”.
“A minha luta, a minha resistência, ela tá muito nesse lugar. Eu sempre quis mostrar para outros lugares do Brasil que o RN existia. Isso está muito presente na fotografia dos meus outros filmes também”, aponta.
Ela cita como exemplo o “Três Igrejas”, selecionado para circular na Mostra Sesc de Cinema. O curta é inspirado na invasão e derrota do bando do cangaceiro Lampião em Mossoró.
“Então, pra gente, é uma forma de divulgar o Rio Grande do Norte, divulgar a nossa terra. Acho que todo realizador tem o sonho de fazer filmes para que eles não fiquem na gaveta. Que eles, de fato, tenham tela e circulem.”
Fonte: saibamais.jor.br




