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sábado, julho 27, 2024
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Caso Marielle Franco – Ex-PM acusado de executar a vereadora e Anderson Gomes citou em delação que Domingos Brazão encomendou o crime, em março de 2018.

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Conselheiro do TCE do Rio, Domingos Brazão foi apontado como mandante do caso, segundo informação exclusiva obtida pelo Intercept. – Foto:Tércio Teixeira/Domingos Brazão


Investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco ganharam novos fatos e em delação, Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, implicou Domingos Brazão como um dos supostos mentores do atentado que descobriu na morte da vereadora e seu motorista, conforme revelado exclusivamente pelo Intercept Brasil, por meio de fontes vinculadas à investigação.

Lessa, detido desde março de 2019, formalizou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, sujeito à homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), dado que Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, possui foro privilegiado.

Em busca de esclarecimentos, contatamos o advogado Márcio Palma, representante de Domingos Brazão, que afirmou não ter conhecimento dessa informação. Ele destacou que sua única fonte de informação sobre o caso é a mídia, pois o acesso aos automóveis foi negado, alegando que Brazão não era objeto de investigação.

Nas entrevistas anteriores, Domingos Brazão sempre negou qualquer envolvimento no crime. Já Élcio de Queiroz, também ex-policial militar e detido por participação no assassinato de Marielle, confessou, em julho do ano passado, ter dirigido o veículo no momento do atentado ocorrido em março de 2018, no bairro de Estácio, centro do Rio de Janeiro. Janeiro.

Ronnie Lessa, ex-membro do Bope, foi condenado em julho de 2021 por destruir provas relacionadas ao caso. Ele, sua esposa, cunhado e amigos descartaram armas no mar, incluindo a suspeita de terem sido usadas no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

A possível motivação de Brazão para ordenar o atentado contra Marielle envolve questões de vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual do Psol, atualmente no PT e presidente da Embratur. Brazão, anteriormente em disputas com Freixo, foi incluído no relatório final da CPI das milícias, presidida pelo mesmo, em 2008.

Domingos Brazão, afastado da carga de conselheiro no TCE após prisão em 2017 na Operação Quinto do Ouro, desdobramento da Lava Jato, é suspeito de agir por vingança, considerando a intervenção de Freixo nas ações que levaram ao seu afastamento do Tribunal de Contas. O Ministério Público também investiga vínculos entre a família Brazão, a milícia em Rio das Pedras e o Escritório do Crime.

O Intercept Brasil noticiou que o Ministério Público revisou documentos sobre a milícia em Rio das Pedras, suspeita de ligação com a família Brazão e o Escritório do Crime. A família, um influente grupo político do Rio de Janeiro, inclui Domingos Brazão, Manoel Inácio Brazão (Pedro Brazão), deputado estadual, e Chiquinho, colega de Marielle na Câmara à época do assassinato.

Paralelamente, é importante mencionar que o repórter Schirlei Alves, do Intercept Brasil, foi condenado a um ano de prisão aberta e multa de R$ 400 mil por expor a revitimização de Mari Ferrer às autoridades judiciais em seu processo de estupro. A matéria gerou investigação nacional e pesquisada em medidas judiciais. O Intercept solicita apoio para resistir e cobrir os custos legais dos jornalistas envolvidos.


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