Com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro no último sábado (22) e a determinação para o início do cumprimento da pena nesta terça (25), parlamentares bolsonaristas do Rio Grande do Norte voltaram a intensificar os pedidos por anistia.
Uma das vozes mais ativas é a do senador Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado. Em publicação no Instagram, ele afirmou que a anistia seria “um clamor de justiça diante da perseguição política” a Bolsonaro.
“O Congresso precisa reagir com coragem para pacificar o país e retomar a normalidade democrática”, escreveu.
Marinho também participou na última segunda (24) de uma coletiva de imprensa em Brasília ao lado de outros parlamentares do PL, incluindo Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O filho do ex-presidente afirmou que o “objetivo único” é a aprovação do projeto da anistia na Câmara e no Senado.
Já Sargento Gonçalves (PL) também participou da mesma coletiva de imprensa em que estavam presentes Rogério Marinho e Flávio Bolsonaro. Nas redes sociais, pediu “união, oração e anistia”.
Outro deputado, General Girão (PL) também pediu, no Instagram, o “apoio popular irrestrito” pela anistia.
“Sua voz e seu engajamento são fundamentais para que essa medida de justiça e reconciliação se concretize. Independentemente de suas crenças, solicitamos suas orações e energias positivas”, disse o deputado federal.
O parlamentar ainda expressou descontentamento, na manhã desta quarta-feira (26), com a prisão de outros generais da reserva condenados no processo da trama golpista. Segundo Girão, houve “inércia” e “silêncio” por parte do Exército Brasileiro.
“Onde está a voz da Instituição que juramos defender? O Exército Brasileiro não pode se acovardar ou se omitir quando a própria Justiça Militar e o arcabouço legal que rege a vida de seus integrantes estão sendo, aparentemente, ignorados”, reivindicou.
Bolsonaro preso
Jair Bolsonaro, que cumpria pena em regime domiciliar, foi preso preventivamente no sábado (22) depois de danificar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a ação indicou risco concreto de fuga. Ele foi levado para a Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal.
Nesta terça, o ministro determinou o início do cumprimento das penas impostas a Bolsonaro e aos demais condenados do Núcleo 1 da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado.
Na decisão, Moraes rejeitou o trâmite (não conheceu) dos novos recursos (embargos de declaração) apresentados nos autos e declarou o trânsito em julgado das condenações (fim da possibilidade de recursos). Ele requereu ainda ao presidente da Primeira Turma do STF, ministro Flávio Dino, a convocação de sessão virtual extraordinária para referendar a medida, sem prejuízo do início imediato do cumprimento das penas.
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Fonte: saibamais.jor.br
