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Condenada pelo STF, Zambelli mantém mandato com apoio de bolsonaristas do RN

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Delgatti e Zambelli foram condenados pela invasão ao sistema do CNJ. Foto: Reprodução Redes Sociais

A bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália para onde fugiu desde que foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), conseguiu se salvar da cassação, na noite da última quarta-feira (10), com o apoio de três dos oito deputados federais da bancada do Rio Grande do Norte: Carla Dickson (União), General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL) votaram contra a perda do mandato dela.

Já Natália Bonavides (PT), Fernando Mineiro (PT) e Robinson Faria (PP) votaram a favor da cassação. Benes Leocádio (União) preferiu se abster, enquanto João Maia (PP), apesar de estar em Brasília, não participou da votação nem justificou sua ausência.

Apesar de votarem unidos a favor de Zambelli, o único dos bolsonaristas da bancada federal potiguar que comemorou a manutenção do mandato da colega foi o deputado federal Sargento Gonçalves.

“Grande vitória para a democracia”, escreveu ele na legenda do vídeo em que aparece festejando, aos gritos, o resultado da votação que manteve o mandato de Carla Zambelli.

“Conseguimos manter, através dos votos no plenário da Câmara dos Deputados, o mandato da Dep. Federal Carla Zambelli. Os seus 946 Mil eleitores não serão silenciados. Hoje, a tentativa de calar uma voz da direita fracassou”, completou.

O deputado federal Fernando Mineiro, antes da votação no plenário, havia comentado que a CCJ aprovara o relatório para cassar Zambelli. “Vamos ver se o plenário vai respeitar a justiça ou, de novo, livrar a pela da criminosa”, pontuou.

Por 30 votos, Zambelli manteve mandato

Para que Carla Zambelli fosse cassada, eram necessários no mínimo 257 votos a favor da perda do mandato, mas o placar final ficou em 227 votos favoráveis, 110 contrários e 10 abstenções.

Zambelli foi condenada por unanimidade em definitivo pelo STF à perda do mandato e a dez anos de prisão, em regime inicial fechado, pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto. Ele também foi condenado.

Os dois foram condenados pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A pena também inclui o pagamento de multa no valor de dois mil salários-mínimos.

Já Walter Delgatti teve a pena estabelecida em oito anos e três meses de prisão, também em regime inicial fechado, além multa de 480 salários-mínimos.

Eles terão ainda que pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos. Ambos, conforme a legislação, estão inelegíveis desde o momento da condenação até o fim de um período de oito anos após o cumprimento da pena.

Delgatti e Zambelli foram condenados pela invasão ao sistema do CNJ. Foto: Reprodução Redes Sociais

Zambelli ainda teve decretada a perda do seu mandato parlamentar, já que a pena a ser cumprida em regime fechado ultrapassa 120 dias – limite estabelecido pela Constituição Federal para ausência em sessões legislativas.

O STF determinou que a perda do mandato fosse declarada pela Câmara dos Deputados, mas o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), contrariando a decisão, decidiu levar o caso ao Plenário da Casa, que terminou livrando Zambelli.

A maioria dos integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), mais cedo, havia decidido pela cassação de Zambelli, mas o resultado foi revertido no Plenário da Câmara.

De arma em punho, Zambelli persegue homem às vésperas do segundo turno em 2022 nas ruas de São Paulo. Foto: Reprodução Redes Sociais

Zambelli também foi condenada por ter perseguido de arma em punho um homem pelas ruas de São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. O STF decretou o trânsito em julgado da condenação no final de outubro.

Ela fugiu para a Itália em julho, pouco antes de sua prisão ser decretada pelo STF, que ainda aguarda sua extradição.

Fonte: saibamais.jor.br

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