Natal, Ceará-Mirim, Maxaranguape, São Miguel do Gostoso e Areia Branca relataram prejuízos com o impacto da maré alta.
Foto: Alagamento em trecho onde ocorreu a obra da engorda de Ponta Negra — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Fim de semana de prejuízos e transtornos nas orlas potiguares. Litoral norte sofreu mais com esse fenômeno.
Em Natal, na praia de Ponta Negra avançou sobre parte da faixa de areia ampliada pela obra de engorda, concluída na semana passada após mais de quatro meses de trabalho. O fenômeno chamou a atenção de banhistas e comerciantes.
O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, afirmou que a situação já estava prevista dentro do planejamento da obra e faz parte da dinâmica natural da costa.
A promessa da Prefeitura do Natal era que, após a engorda, a faixa de areia teria pelo menos 50 metros na maré alta e 100 metros na maré baixa. Ao todo, foram adicionados 1,3 milhão de metros cúbicos de areia ao longo de 4,6 quilômetros da orla.
“A dinâmica costeira segue intensa e deve se intensificar ainda mais. O modelo matemático do projeto já indicava que, durante a maré alta, cerca de 50% do aterro hidráulico poderia ser coberto pela água, enquanto na maré baixa a faixa de areia se estenderia por até 100 metros”, explicou Mesquita.
O secretário reforçou que a movimentação das ondas sobre o aterro hidráulico é um comportamento esperado e não compromete a estabilidade da intervenção. Além disso, ressaltou que a Prefeitura mantém um monitoramento contínuo da área, mesmo após a conclusão da obra.
Em Areia Branca, no final de semana, foi registrada uma das marés mais altas do ano na praia de Upanema, trecho do Cais Tertuliano Fernandes e nas proximidades do acesso ao parque de produção da empresa Norte Salineira (Norsal). Moradores e comerciantes das áreas citadas se assustaram com o grande volume de água. O município registra pelo menos três marés altas no decorrer do ano.
Em Ceará-Mirim, o ex-prefeito Júlio Cesar divulgou nas redes sociais as imagens da maré forte batendo em restaurantes da região. “Maré alta lava as barracas na praia de Muriú, Ceará-Mirim. A força da natureza sendo testemunhada. Barraca do Pateta ficou debaixo de água”, disse ele.

Apesar do “susto” com a maré alta, os comerciantes de Muriú disseram que não tiveram prejuízos, só os sustos que forçaram a elevação das barracas da beira-mar.
Em São Miguel do Gostoso, as ondas destruíram ninhos de tartarugas que estavam cercados e monitoradas.
Até uma piscina da casa de um morador local foi arrastada devido à força das águas.

Casa em São Miguel do Gostoso que teve piscina arrasrada