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Cajueiro de Pirangi passa a ser unidade de conservação e proteção ambiental do RN

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Cajueiro de Pirangi passa a ser unidade de conservação e proteção ambiental do RN

O Cajueiro de Pirangi, um dos símbolos naturais mais conhecidos do Rio Grande do Norte, passou a integrar oficialmente o Sistema Estadual de Unidades de Conservação. Um decreto do Governo do Estado criou o Monumento Natural Cajueiro de Pirangi (MONACAJU), unidade de conservação de proteção integral localizada no município de Parnamirim, sob gestão do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) .

A medida transforma em política pública permanente a preservação de uma área de 8.497,54 metros quadrados que abriga o maior cajueiro do mundo, reconhecido não apenas pelo porte, mas também pelo valor histórico, cultural, turístico e paisagístico que representa para o estado. Com a criação do MONACAJU, o espaço passa a ter regras específicas de uso, conservação e manejo, alinhadas à legislação federal que rege as unidades de conservação no país.

De acordo com o decreto, assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT-RN), o principal objetivo da nova unidade é assegurar a integridade biológica, genética e ecológica do Cajueiro de Pirangi. A proteção se estende também à fauna presente na área, com atenção especial a espécies ameaçadas de extinção, como o Coleodactylus natalensis, conhecido como lagartinho-de-folhiço, e a Amphisbaena heathi, popularmente chamada de cobra-de-duas-cabeças. A norma ainda prevê o estímulo à pesquisa científica, à educação ambiental e à interpretação da natureza por parte da população local e dos visitantes.

Além da dimensão ecológica, o decreto reconhece o papel do monumento como elemento estruturante da identidade potiguar. O texto estabelece que o MONACAJU deve contribuir para a valorização do patrimônio cultural associado ao cajueiro e para o fortalecimento do turismo sustentável, com potencial de impulsionar a economia local e gerar emprego e renda, desde que as atividades respeitem os objetivos de preservação da unidade.

Para o diretor do Idema, Thales Dantas, a criação do monumento natural simboliza uma inflexão na política ambiental do estado e consolida uma agenda de ampliação das áreas protegidas. “A criação do monumento natural Cajueiro de Pirangi representa mais um legado. É a 12ª unidade de conservação criada pelo governo do Estado e a segunda da gestão da professora Fátima Bezerra, que já está encaminhando a criação de um total de oito novas unidades”, afirmou. Segundo ele, o atual governo tende a se tornar “o que mais protege a biodiversidade”, ao articular preservação ambiental, promoção do turismo e salvaguarda dos biomas da Caatinga e da Mata Atlântica.

Ainda conforme Thales Dantas, o MONACAJU materializa esse compromisso em uma ação concreta. “Hoje, a criação do MONACAJU representa esse compromisso, mais uma ação concreta do governo do Estado, através do órgão ambiental estadual, nesse sentido de preservação”, disse o diretor, ao destacar o papel do Idema na gestão da nova unidade.

O decreto também estabelece que todas as atividades dentro da área e em sua futura zona de amortecimento deverão seguir as diretrizes de um Plano de Manejo, a ser elaborado pelo Idema no prazo máximo de cinco anos. Até que o plano esteja concluído, ficam autorizadas apenas ações voltadas à manutenção e à integridade da unidade de conservação. A visitação pública e a realização de pesquisas científicas dependerão de normas específicas e de autorização do órgão gestor.

Outro ponto previsto é a criação de um Conselho Gestor de caráter consultivo, formado por representantes do poder público e da sociedade, responsável por acompanhar a implementação do monumento natural e elaborar seu regimento interno. O conselho será presidido por um representante do Idema, reforçando o papel do órgão na condução da política ambiental no local.

Ao transformar o Cajueiro de Pirangi em monumento natural, o Estado não apenas assegura proteção legal a um patrimônio singular, mas também redefine a relação entre conservação e uso público do espaço. A iniciativa coloca o monumento sob um regime que busca equilibrar preservação rigorosa, produção de conhecimento e visitação responsável, consolidando o cajueiro como símbolo vivo da biodiversidade e da identidade cultural do Rio Grande do Norte.

Fonte: saibamais.jor.br

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