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2024 já contabiliza 1,7 mil casos de acidentes com animais peçonhentos no RN

Durante o primeiro trimestre de 2024, o Rio Grande do Norte registrou um total de 1.777 incidentes envolvendo animais venenosos.  | FOTO: REPRODUÇÃO MINISTÉRIO DA SAÚDE

No decorrer do primeiro trimestre de 2024, o Rio Grande do Norte documentou um montante de 1.777 incidentes com animais venenosos. Esses incidentes foram desencadeados por serpentes, escorpiões, aranhas, lagartas e abelhas. A quantidade, reportada por estatísticas da Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap), equivale a 50,43% dos registros feitos ao longo do primeiro semestre de 2023, quando foram contabilizados 3.524 incidentes com as mesmas criaturas no território potiguar.

Aspectos comportamentais do ser humano influenciam na quantidade destes incidentes, que figuram como o terceiro agravo com maior número de notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Segundo a Sesap, as alterações feitas pelo ser humano no ambiente natural favorecem a migração desses animais para o meio urbano e, consequentemente, para o ambiente doméstico.

A entidade também destacou a influência das condições climáticas nessas ocorrências. Durante a estação chuvosa, os incidentes envolvendo animais venenosos tornam-se mais comuns, especialmente com cobras e escorpiões.

Para prevenir a ocorrência de incidentes dessa natureza, o Corpo de Bombeiros sugere medidas preventivas. Conforme o aspirante Iranildo Pereira, o acúmulo de resíduos ou entulhos nos quintais pode servir como esconderijo e favorecer a proliferação dos animais, algo que a população deve evitar. Ele também recomenda que ralos e pias sejam tampados durante a noite. Camas devem ser afastadas das paredes. Durante atividades rurais, é fundamental usar luvas e calçados. Deixar roupas penduradas por muito tempo em varais ou cabides deve ser evitado para não atrair os animais.

Em caso de incidente, a vítima deve tomar certos cuidados. Pereira ressalta a importância de lavar o local da lesão com água e sabão e, se possível, fotografar o animal causador. Compressas, especialmente em casos de picadas de escorpiões, podem ajudar a aliviar a dor.
Após os primeiros socorros, é crucial procurar atendimento médico para avaliação e orientação. Se necessário, o paciente será encaminhado para uma unidade de referência estadual com disponibilidade de soros antivenenos.

Atualmente, o RN possui cinco hospitais de referência para atender vítimas desses incidentes, incluindo o Hospital Giselda Trigueiro e o Hospital Maria Alice Fernandes – Pediátrico (Natal); Hospital Regional Tarcísio Vasconcelos Maia (Mossoró); Hospital Regional do Seridó Telecila Freitas Fontes (Caicó); e Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade (Pau dos Ferros).

Além disso, o Estado conta com o Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Norte (CEATOX/RN), que presta assistência em casos de intoxicação, incluindo aqueles causados pelo veneno dos animais venenosos.

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