Em greve geral por tempo indeterminado desde o último dia 16 de julho, os servidores da Saúde, Trabalho e Previdência do Rio Grande do Norte (INSS) farão dois atos nos próximos dias 2 e 5 de agosto, em Natal, para reivindicar seus direitos e fortalecer o movimento paredista. Os servidores reivindicam uma jornada de trabalho de 30 horas para todos, reestruturação das carreiras e a reposição das perdas salariais. A greve do INSS é nacional, e no RN foi ratificada pela posição da plenária nacional da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS),que a categoria no RN está vinculada. Dentro das demandas que os trabalhadores cobram, estão também a oposição à extinção da Gratificação de Atividade Executiva (GAE), o cumprimento do acordo de greve anteriormente estabelecido, o reconhecimento da carreira como típica de Estado, incorporação das gratificações e exigência de nível superior para ingresso nas carreiras.
Os próximos atos vão acontecer na Gerência Executiva do INSS (GEXNatal), convocado pelo Sindprevs-RN e pelo comando de greve, às 8h30 da manhã e vai reunir ativos, aposentados e pensionistas.
Outras manifestações
Na manhã da última quarta-feira, 25, servidores do INSS realizaram um ato de protesto também em frente à Gerência Executiva do INSS (GEXNatal). O evento teve como foco a continuidade da greve e a crítica às ações judiciais movidas pelo governo contra as entidades representativas dos servidores.Já na última terça-feira (16), ocorreram manifestações em Natal, no INSS de Apodi e também na Agência da Previdência Social de Mossoró. Na ocasião, o Sindprevs RN disse:
“Estamos com cerca de 15 agências totalmente paradas e acreditamos que nos próximos dias essa adesão será de mais de 80%. Portanto, serviços como: resolução de processos, implantação de benefícios, reduções e outros estarão com seus processos temporariamente diminuídos em relação ao processo natural, decorrente da nossa greve”.
Proposta
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos informou que apresentou uma proposta à categoria que prevê ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para os servidores ativos e inativos. De acordo com a pasta, esse ganho cobre as perdas inflacionárias do governo atual e parte das perdas de gestões anteriores.A Fenasps informou que “após análise das propostas apresentadas pelo governo, entenderam que a negociação teve poucos avanços”. O texto do sindicato diz que, o governo, não apresentou uma proposta que fortaleça a carreira do Seguro Social. “Em vez de apresentar proposta nova que fortaleça a carreira do Seguro Social, piora com o alongamento da carreira de 17 para 20 níveis e pela criação de gratificação de atividade”. A proposta, segundo a entidade, está muito aquém das perdas salariais da categoria, que superam os 53% no último período.
